Gestão de EPIs: Da Seleção ao Descarte
Por: CONAME - 08 de Dezembro de 2025
O Equipamento de Proteção Individual (EPI) é a última barreira entre o trabalhador e o risco. Sua correta gestão, que vai muito além da simples entrega, é um pilar fundamental da Saúde e Segurança do Trabalho (SST). Uma gestão de EPIs eficiente e integrada garante a proteção do colaborador, a conformidade legal da empresa e a otimização de custos.
A Seleção do EPI é o primeiro passo e o mais crítico. O EPI deve ser adequado ao risco específico, ao ambiente de trabalho e ao biotipo do trabalhador. Essa seleção deve ser baseada no Inventário de Riscos do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) da NR-1, garantindo que o equipamento possua o Certificado de Aprovação (CA) válido e atenda às normas técnicas.
O Fornecimento e o Treinamento são inseparáveis. Não basta entregar o EPI; o colaborador deve ser treinado sobre o uso correto, a guarda e a conservação do equipamento. O treinamento deve ser prático e reforçar a importância do EPI como um item de proteção pessoal, e não apenas uma exigência da empresa.
A Fiscalização do Uso é um dever da empresa e do supervisor. O uso do EPI é obrigatório, e a recusa injustificada pode gerar penalidades. A fiscalização deve ser contínua e focada no reforço positivo do comportamento seguro, garantindo que o equipamento esteja sendo usado de forma correta e durante toda a exposição ao risco.
A Higienização e a Manutenção garantem a eficácia do EPI. Equipamentos sujos ou danificados perdem sua capacidade de proteção. A empresa deve estabelecer procedimentos claros para a limpeza e a manutenção periódica, garantindo que o EPI esteja sempre em condições de uso.
A Gestão de Estoque deve ser inteligente. O controle de validade do CA e do próprio equipamento é crucial. Softwares de gestão de SST podem automatizar o controle de estoque, garantindo que o EPI correto esteja disponível no momento exato da necessidade e evitando o desperdício.
A Substituição deve ser feita sempre que o EPI estiver danificado ou quando o prazo de validade for atingido. O colaborador deve ser incentivado a reportar imediatamente qualquer dano ou desgaste, garantindo que a proteção seja contínua.
O Descarte do EPI deve seguir as normas ambientais e de segurança. Equipamentos contaminados ou que contenham materiais perigosos devem ser descartados de forma segura e responsável, evitando a contaminação do meio ambiente e de outros trabalhadores.
A Integração com o e-Social é um ponto de atenção. O registro do EPI no evento S-2240 (Condições Ambientais do Trabalho) deve ser preciso e alinhado com o Inventário de Riscos. A gestão digital do EPI simplifica essa conformidade e minimiza o risco de multas.
Em resumo, a Gestão de EPIs é um ciclo contínuo de prevenção. Da seleção ao descarte, cada etapa deve ser tratada com rigor e atenção, garantindo que a última barreira de proteção seja a mais forte e eficaz.